LUTA

Ketlen Souza comemora recomeço e celebra vitória no UFC Vegas 91

Na categoria peso-palha, a amazonense venceu a estadunidense Marnic Mann por decisão unânime no UFC Vegas 91

Daniel Prestes
online@acritica.com
04/05/2024 às 10:21.
Atualizado em 04/05/2024 às 10:21

Estabelecida na categoria dos 52kg, a amazonense Ketlen Esquentadinha agora irá aguardar o fim da suspensão médica para voltar o quanto antes ao octógono mais famoso do mundo. (Foto: Jeiza Russo/ACrítica)

Em uma nova fase após vencer sua primeira luta no UFC, a amazonense Ketlen ‘Esquentadinha’ Souza já encontra-se em solo manauara após bater Marnic Mann, por decisão unânime, no UFC Vegas 91, do último dia 27 de abril. Em entrevista exclusiva a A Crítica, nas dependências da academia Califit, a atleta da Carioca Academy expressou sua felicidade de trazer a vitória para casa.

“É uma sensação de realização, um novo progresso e foco. Cumpri minha missão, me dediquei, confiei e a gente trouxe resultado positivo na categoria peso-palha. Para mim foi muito sacrificante, pois fazia um tempo que eu não descia para os 52kg e achava que não conseguiria mais descer. Mas deu tudo certo, eu cortei peso super bem, não sofri na perda, que é onde o atleta mais sente. Graças a Deus tudo deu certo, me senti forte e na luta não cansei”, analisou.

Desde maio de 2019, quando enfrentou Ariane Sorriso – outra lutadora que atualmente está no UFC – Ketlen Esquentadinha não batia 52kg no MMA. De lá para cá, a atleta chegou a lutar até no peso-galo (até 61kg), consagrou-se no Invicta FC na categoria peso-mosca (até 57kg), fez sua estreia no UFC contra Karine Killer nos 57, mas retornou para a sua categoria de origem após cinco anos.

Para Ketlen, a luta contra a americana serviu também como uma readaptação para a antiga categoria:

“Foi uma luta super importante porque eu me senti bem. A partir do momento em que eu passo a ficar confortável, você assiste a verdadeira Esquentadinha dentro do octógono. Eu performo no meu melhor com tudo aquilo que eu pratico nos treinos. Posso dizer que na luta não tive surpresa de nada e me senti em casa”, disse Ketlen.

Sobre sua luta contra Marnic, Ketlen demonstrou contundência na luta em pé e, nos três rounds, flertou com o nocaute. (Foto: Jeiza Russo/ACrítica)

Sobre sua luta contra Marnic, Ketlen demonstrou contundência na luta em pé e, nos três rounds, flertou com o nocaute. No terceiro e decisivo, Ketlen acaba indo para o chão com a americana e chegou a passar por alguns sustos com a adversária tentando encaixar uma finalização. Sobre este momento da luta, a amazonense respondeu.

“Eu não busco luta agarrada. Até porque eu sou uma striker. Ali eu garanto que eu não busquei descer. Se prestarem atenção, a Marnic segurou o meu braço do lado direito e puxou. Eu fiquei perto dela, que já estava preparando a americana (finalização). Na hora eu pensei que, se eu me afastasse, ela se jogaria com tudo e me pegaria”, disse.

E continuou. “Então foi o momento em que eu a segurei e segurei o meu braço, pois se ela se jogasse, a Marnic iria levar o meu braço e eu iria bater. Então eu neguei isso, tive paciência, mostrei minha técnica e toda a minha capacidade, pois se fosse qualquer outra pessoa ali, poderia ter dado o braço e o final seria diferente”, elaborou.

Próximos passos

Estabelecida nos 52kg, Ketlen Esquentadinha agora irá aguardar o fim da suspensão médica para voltar o quanto antes ao octógono mais famoso do mundo. Perguntada pela reportagem sobre quantas lutas ainda deseja fazer em 2024, a lutadora da Carioca Academy disse que até três casamentos para o ano ela estará disposta a fazer caso o tempo permita.

“O máximo de lutas que eu puder fazer. Por conta do tempo, se eu puder fazer mais duas lutas seria muito bom. Dentro do UFC a gente pega luta de três em três meses, eles oferecem isso para a gente, até por conta das eventuais lesões e o período necessário para o atleta conseguir se preparar para o próximo adversário. Então eu acredito que umas duas ou até três lutas eu consigo fazer”, concluiu
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