Amazônia

Wakeboard cable 2D, um esporte para corajosos, chega a Manaus

Nesta modalidade o rider  não precisa de marola para realizar manobras. Basta um teleférico

Nathália Silveira
11/03/2012 às 17:49.
Atualizado em 11/03/2022 às 22:05

(Rider Mário Jorge é craque quando o assunto é se equilibrar sobre as águas)

Você já deve ter visto ou ouvido falar sobre o wakeboard, um esporte aquático praticado com uma prancha puxada por uma lancha. Mas a modalidade que surgiu em 1979, através da ideia do norte-americano Tony Finn, tomou proporções mais tecnológicas há cinco anos, nos Estados Unidos, e assim foi desenvolvido o Wakeboard Cable 2D, onde o rider  não precisa de marola para realizar manobras. Basta um teleférico. O sistema que veio  para o Brasil há três anos, chegou finalmente a Manaus com o Black River Cable Park, com um sistema de torre, cabo de aço e motor elétrico. O local, que é exclusivo no Estado, fica na Avenida do Cetur, nº 2000, Residencial Tarumã, e promete sessions radicais para os aventureiros.

O empreendimento dos riders Paulo Azize e Andrews Garcia, terá inauguração oficial no final de março (ainda sem data prevista). O parque é composto por um cenário deslumbrante, com uma lagoa de 200 metros de comprimento, de dois a seis metros de profundidade, e uma extensão de cabo de 180 metros. No meio da lagoa, os riders podem apreciar e mandar manobras sobre dois obstáculos: o Kicker (rampa), de cinco metros de comprimento, onde é possível fazer uma manobra com até quatro metros de altura, e um Roof Top (corrimão), de 12 metros de comprimento. Segundo Andrews, esses obstáculos são apenas iniciais, já que os proprietários estão no aguardo do Transfer Box - primeiro do Brasil -  com entrada dos dois lados, com 30 metros de comprimento. “Esse será o principal palco para a nossa 1ª etapa do Campeonato Amazonense de Cable Park, em junho”, dispara Garcia.

NA PELE

Aproveitando a inovação que está sendo implantada na cidade, resolvi deixar a caneta, bem como o bloquinho de lado, e aderi ao wake com cabo, e posso afirmar que para praticar a modalidade é necessário muita força. Começando pela prancha que pesa sete quilos e a primeira lição passada pelo professor Paulo Azize, que é aprender a virar e desvirar a prancha na água.

Após essa etapa, é necessário superar o medo de tombar da prancha, quando o cabo começa a puxar, para poder se concentrar e manter-se sobre a prancha, deixando o guincho guiar.

Levei muito caldo para poder conseguir ficar em pé e aguentei a dor de ter muita d’água entrando nos olhos. Já pratiquei outros esportes, mas nenhum supera a sensação de estar “em pé sobre a água”. Além da sensação poderosa de fazer o impossível, a adrenalina é indiscutível e a cumplicidade com a natureza torna o momento  único. Falta muito para eu pousar um flip, mas acho que já posso dizer que sou uma aprendiz de rider

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