TÁ DIFÍCIL

Dentro da zona de rebaixamento, produção ofensiva do Amazonas vira ponto de preocupação

Em três rodadas na Série B, Onça só tem ataque superior a outros três times; Sassá, principal atacante da equipe, não balanças as redes há nove jogos

João Felipe Alves
craque@acritica.com
07/05/2024 às 19:43.
Atualizado em 07/05/2024 às 20:55

Sassá, principal nome do ataque do Amazonas na Série B do Brasileirão (Foto: Paulo Bindá/A Crítica)

O Amazonas encerrou a terceira rodada da Série B do Brasileirão na zona de rebaixamento da competição. O clube aurinegro entrou para a partida contra a Ponte Preta ocupando a 15ª posição e saiu na 18ª. A Onça-Pintada pontuou apenas uma vez na 2ª divisão e neste momento está acima somente de clubes que ainda não somaram pontos.

O duelo contra a Ponte Preta, disputado na última segunda-feira e que terminou 3 a 0 para os paulistas, escancarou alguns problemas que o Amazonas apresentou ao longo desta Série B, a criação deficitária. Apesar de ser início de competição, os três jogos que o Amazonas disputou até aqui, foram de um time que teve enorme dificuldade em criar oportunidades de gol. Em três rodadas, o Amazonas marcou duas vezes (ambos os gols contra o Sport Recife na estreia), desde então o clube enfrenta um jejum, que se adicionar a Copa do Brasil são de três jogos. 

A Onça só tem números de gols marcados superior a três equipes: Guarani, Avaí e Paysandu. Os dois primeiros fazem companhia ao time aurinegro na zona de rebaixamento e o Papão é primeiro fora.

O treinador Adilson Batista comentou sobre o desempenho da partida logo após o jogo. Em análise, antes de tomar o primeiro gol, o Amazonas criou uma oportunidade de marcar com Matheusinho, chance não aproveitada e que para Adilson, logo após a oportunidade, a Ponte Preta dominou a partida.  

“Esses dez primeiros minutos, foi uma roubada de bola na frente, o Matheusinho teve uma oportunidade e depois a Ponte tomou conta do jogo. Nós melhoramos no segundo tempo, mas precisamos intensificar mais os trabalhos, corrigindo várias coisas, foi a quarta partida que fizemos e a pior partida desde que cheguei ao comando”.

O treinador falou sobre produtividade e mesmo com uma melhora de performance nos 45 minutos finais da partida, Adilson frisou que não houve chances claras de gol. 

“Não fomos bem, não fomos um time que combateu, que duelou, coisa que poderíamos ter feito e pagamos pelo primeiro tempo abaixo. Acho que melhoramos no segundo tempo, mas tivemos só um chute do Sassá e poucas oportunidades. A Ponte aproveitou um erro nosso de marcação e marcou o terceiro gol”.

A leitura de Adilson Batista corrobora os números do jogo. O segundo tempo de fato melhora para o Amazonas que equilibra e supera a posse de bola da Ponte Preta em números finais. Em termos de finalização, os números apontam que a Onça se aproximou da Ponte Preta, mas um detalhe chama atenção: a baixa precisão dos atacantes. 

Em números absolutos, Ponte Preta e Amazonas terminaram a partida com 16 e 10 finalizações respectivamente. Mas a diferença está nos chutes certos. A Macaca, em 16 finalizações, acertou seis na direção do gol e ainda contou com uma bola na trave e um gol anulado. Já o Amazonas, em dez chances criadas, apenas duas foram em direção ao gol. Apenas 20% das oportunidades de fato fizeram o goleiro da Ponte Preta trabalhar. 

Personagem central do Ataque do Amazonas, o atacante Sassá - ídolo recente do clube - enfrenta o seu maior jejum de gols desde que chegou ao Amazonas, em maio de 2023. O atacante não marca gols há nove jogos. Desde o dia 6 de março, quando marcou dois gols contra o Capital-TO em jogo da Copa Verde, Sassá não sabe o que é balançar as redes. 

Com o recorte reduzido aos jogos da Série B, os números ficam ainda mais escassos. Nas três partidas disputadas até aqui, Sassá entrou como titular em todas e teve uma média de 77 minutos por jogo, a produção média do ‘striker’ é de apenas 1,3 finalizações por jogo. A média de chutes certos cai vertiginosamente, apenas 0,3, escancarando dois pontos sobre a produtividade do Amazonas: dificuldade de municiar seu principal atacante e de finalização em direção ao gol.

Desfalque traumático

O Amazonas conta com um trunfo no banco de reservas, o atacante Jô. Contudo, o experiente jogador se tornou desfalque de última vez quando acabou detido pela Polícia Civil de São Paulo pelo não pagamento de pensão alimentícia. A partida contra a Ponte seria a primeira de Jô como titular e ao lado de Sassá. Dos dois gols anotados pelo Amazonas na Série B, Jô foi o autor de um.

Apesar do infortúnio para o Amazonas, Jô foi solto mediante ao pagamento dos débitos e se reapresenta nesta quarta-feira para os treinamentos do Amazonas para o duelo contra o Santos, no próximo sábado, na Arena da Amazônia. 

Até lá, o Amazonas de Adilson Batista, Sassá, Jô e companhia, terá muito trabalho para ajustar o poderio ofensivo amazonense e torná-lo produtivo contra, talvez, o principal adversário da Onça nesta Série B.

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